Como prevenir, diagnosticar e rastrear o câncer de próstata?

O câncer de próstata é uma doença que afeta a glândula masculina responsável pela produção do líquido seminal. É o segundo tipo de câncer mais incidente e a segunda causa de óbito por câncer na população masculina no Brasil. Por isso, é importante que os homens estejam atentos aos cuidados com a saúde e aos exames de prevenção contra essa doença. Neste post, vamos apresentar as recomendações do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para a prevenção, o diagnóstico precoce e o rastreamento do câncer de próstata.

Prevenção

A prevenção do câncer de próstata está relacionada à adoção de hábitos saudáveis, como:

  • Manter o peso corporal adequado, de modo a diminuir o risco de câncer de próstata avançado.
  • Fazer atividade física regularmente, pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana.
  • Ter uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e pobre em gorduras, principalmente as de origem animal.
  • Evitar bebidas alcoólicas, que podem aumentar o risco de câncer de próstata e de outras doenças.
  • Não fumar, pois o tabagismo é um fator de risco para vários tipos de câncer, além de outras doenças.

Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce do câncer de próstata é fundamental para aumentar as chances de cura e reduzir as complicações da doença. O diagnóstico precoce é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, que devem ser realizados quando há suspeita de câncer de próstata, ou seja, quando o homem apresenta algum sinal ou sintoma sugestivo da doença, como:

  • Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor na próstata.
  • Alterações na urina, como dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou interrompido, aumento da frequência urinária, sangue na urina ou dor ao urinar.
  • Alterações no bico do peito (mamilo), como retração, inchaço ou saída de líquido.
  • Dor óssea, principalmente na região das costas, quadris ou coxas.
  • Perda de peso sem causa aparente.

Os exames utilizados para a investigação diagnóstica do câncer de próstata são o PSA e o toque retal. O exame de PSA mede no sangue o antígeno prostático específico, que é uma proteína produzida pela próstata e que pode estar alterada em casos de câncer de próstata. O toque retal avalia o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata, por meio da introdução de um dedo lubrificado e protegido por uma luva no ânus do paciente. Esses exames são recomendados para a investigação, mediante suspeita de câncer de próstata, e devem ser realizados por um profissional de saúde qualificado.

Rastreamento

O rastreamento do câncer de próstata é a realização dos exames de PSA e toque retal em homens sem sinais ou sintomas da doença, com o objetivo de detectar o câncer em estágios iniciais e aumentar as chances de cura. No entanto, o rastreamento do câncer de próstata não é recomendado pelo Ministério da Saúde e pelo INCA, pois as evidências científicas atuais apontam para um balanço desfavorável entre os riscos e os benefícios para a saúde dos homens.

Os riscos do rastreamento do câncer de próstata incluem:

  • Falsos positivos, ou seja, resultados que indicam a presença de câncer quando na verdade não há. Isso pode gerar ansiedade, estresse e exames invasivos desnecessários.
  • Falsos negativos, ou seja, resultados que indicam a ausência de câncer quando na verdade há. Isso pode gerar falsa segurança e atraso no diagnóstico e no tratamento.
  • Sobre-diagnóstico, ou seja, a detecção de cânceres que não causariam sintomas ou morte ao longo da vida do homem. Isso pode levar a tratamentos desnecessários e agressivos, que podem causar efeitos colaterais, como impotência sexual e incontinência urinária.
  • Sobre-tratamento, ou seja, o tratamento de cânceres que não necessitariam de intervenção, pois seriam de baixo risco e de crescimento lento. Isso pode expor o homem a riscos desnecessários, como cirurgias, radioterapias e quimioterapias, que podem causar efeitos colaterais, como impotência sexual e incontinência urinária.

Os benefícios do rastreamento do câncer de próstata são incertos, pois não há evidências consistentes de que o rastreamento reduza a mortalidade por câncer de próstata ou melhore a qualidade de vida dos homens.

Por isso, o Ministério da Saúde e o INCA não recomendam o rastreamento do câncer de próstata, e orientam que os homens, a partir de 50 anos e mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada tendo como objetivo o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Caso o homem deseje realizar os exames de rastreamento, deve-se realizar a decisão compartilhada, após o profissional de saúde conversar sobre todos os possíveis riscos do rastreamento.

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