Como a fisioterapia pode auxiliar no enfrentamento da asma

Você sabia que a fisioterapia pode ser uma grande aliada no tratamento da asma? A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que causa dificuldade para respirar, tosse, chiado no peito e sensação de aperto no peito. Ela afeta cerca de 20% dos adolescentes e 10% dos adultos no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

A asma pode ser desencadeada por diversos fatores, como alérgenos, infecções, poluição, estresse, exercícios físicos, entre outros. O tratamento da asma envolve o uso de medicamentos, como broncodilatadores e anti-inflamatórios, que devem ser prescritos por um médico e usados regularmente. Porém, a fisioterapia pode ajudar muito na melhora da qualidade de vida dos pacientes asmáticos, através de técnicas e exercícios que visam melhorar a função respiratória, aliviar os sintomas, prevenir as crises e aumentar a capacidade de exercício.

Neste post, vamos explicar como a fisioterapia pode auxiliar no enfrentamento da asma, quais são os benefícios, como é feita e quais são as recomendações. Acompanhe!

Benefícios da fisioterapia para a asma

A fisioterapia pode trazer vários benefícios, tanto durante as crises asmáticas quanto na prevenção e no controle da doença. Veja alguns deles:

  • Melhora da ventilação pulmonar: a fisioterapia pode ajudar a desobstruir as vias aéreas, reduzindo o acúmulo de muco e facilitando a saída do ar dos pulmões. Isso melhora a oxigenação dos tecidos e diminui o trabalho respiratório.
  • Alívio dos sintomas: a fisioterapia pode aliviar os sintomas da asma, como a dispneia, a tosse, o chiado e o aperto no peito, através de técnicas que relaxam a musculatura respiratória, diminuem a inflamação e o broncoespasmo e melhoram a tolerância ao esforço.
  • Prevenção das crises: a fisioterapia pode prevenir as crises de asma, através de exercícios que fortalecem a musculatura respiratória, melhoram a postura, aumentam a resistência física e a imunidade, além de reduzir o estresse e a ansiedade, que são fatores que podem desencadear ou agravar a asma.
  • Melhora da qualidade de vida: a fisioterapia pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes asmáticos, através de orientações sobre a doença, o uso correto dos medicamentos, os fatores de risco e as medidas de prevenção. Além disso, a fisioterapia pode aumentar a autoconfiança, a autoestima e a autonomia dos pacientes, que passam a ter mais controle sobre a sua condição e a conviver melhor com a asma.

Como é feita a fisioterapia contra a asma

Antes de mais nada, é importante salientar que a fisioterapia deve ser feita por um profissional qualificado e habilitado, que irá avaliar o paciente e definir o plano de tratamento mais adequado para cada caso. O tratamento pode variar de acordo com a gravidade, a frequência e a duração das crises, bem como com as características individuais do paciente, como idade, peso, hábitos de vida, entre outros.

O tratamento pode envolver diversas técnicas e recursos, como:

  • Cinesioterapia respiratória: são exercícios que visam melhorar a mobilidade torácica, a expansão pulmonar, a ventilação alveolar, a força e a resistência muscular respiratória, a coordenação e o ritmo respiratório, a capacidade de exercício e a qualidade de vida. A cinesioterapia respiratória pode incluir exercícios de respiração diafragmática, inspiração lenta e profunda, expiração forçada, respiração com lábios franzidos, entre outros.
  • Drenagem postural: é uma técnica que consiste em posicionar o paciente de forma que a gravidade facilite a eliminação das secreções pulmonares, que podem obstruir as vias aéreas e dificultar a respiração. A drenagem postural pode ser associada a outras técnicas, como a percussão, a vibração e a compressão torácica, que ajudam a soltar e a mobilizar o muco.
  • Terapia por oscilação oral de alta frequência: é um recurso que utiliza um dispositivo que gera uma pressão positiva oscilatória na boca do paciente, que deve expirar contra uma resistência. Essa pressão positiva oscilatória provoca uma vibração nas vias aéreas, que facilita a desobstrução e a expectoração das secreções. A terapia por oscilação oral de alta frequência pode ser usada tanto durante as crises quanto na prevenção das mesmas.
  • Treinamento muscular inspiratório: é um exercício que visa aumentar a força e a resistência dos músculos responsáveis pela inspiração, como o diafragma e os intercostais. O treinamento muscular inspiratório pode ser feito com o uso de um dispositivo que oferece uma resistência à entrada do ar nos pulmões, obrigando o paciente a fazer mais força para inspirar. O treinamento muscular inspiratório pode melhorar a capacidade de exercício, a dispneia e a qualidade de vida dos pacientes asmáticos.
  • Reabilitação pulmonar: é um programa multidisciplinar que envolve exercícios físicos, educação em saúde, orientação nutricional, apoio psicológico, entre outras intervenções, que visam melhorar a função pulmonar, a capacidade de exercício, a qualidade de vida e a adesão ao tratamento dos pacientes com doenças respiratórias crônicas, como a asma. A reabilitação pulmonar pode ser feita em ambulatório, em domicílio ou em grupo, dependendo da disponibilidade e da preferência do paciente.

Recomendações

Para que a fisioterapia seja eficaz e segura, é importante seguir algumas recomendações, como:

  • Realizar uma avaliação prévia com o fisioterapeuta, que irá verificar as condições clínicas, a função pulmonar, a força e a resistência muscular respiratória, a capacidade de exercício, a qualidade de vida e as expectativas do paciente.
  • Seguir as orientações do fisioterapeuta, que irá definir as técnicas, os recursos, a frequência, a intensidade, a duração e a progressão do tratamento, de acordo com as necessidades e os objetivos do paciente.
  • Respeitar os limites do seu corpo, evitando fazer esforços excessivos ou inadequados, que possam causar fadiga, dor, desconforto ou piora dos sintomas. Em caso de dúvida, consulte o fisioterapeuta.
  • Manter uma boa hidratação, ingerindo água antes, durante e após as sessões de fisioterapia. A água ajuda a fluidificar as secreções e a facilitar a respiração.
  • Usar roupas confortáveis e adequadas para a prática de exercícios físicos, que permitam a mobilidade e a ventilação do corpo.
  • Ter sempre à mão os medicamentos prescritos pelo médico, como os broncodilatadores, que podem ser usados em caso de crise de asma ou de dificuldade respiratória durante ou após as sessões de fisioterapia.
  • Comunicar ao fisioterapeuta qualquer alteração ou intercorrência que ocorra durante ou após as sessões de fisioterapia, como dor, falta de ar, tosse, chiado, febre, sangramento, entre outros.
  • Não interromper ou abandonar o tratamento sem a orientação do fisioterapeuta, pois isso pode comprometer os resultados e a evolução do quadro.

Conclusão

Se você tem asma ou conhece alguém que tenha, aproveite a oportunidade de consultar com a Clínica Saúde, uma referência em atendimento médico de qualidade e acessíbilidade. Lembre-se de que a fisioterapia não substitui o acompanhamento médico, mas pode ser uma ótima aliada para a sua saúde. Não perca tempo, a Clínica Saúde espera por você!

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